Pai! Me perdoa essa insegurança, é que não sou mais aquela criança que um dia morrendo de medo, nos teus braços você fez segredo. Nos teus passos você foi mais eu! ♪
Eu me lembro bem de quando era apenas uma criança, que tomava mamadeira no seu colo, que adorava ouvir e cantar junto a musica que você fez pra mim, eu era o seu bebê. Foram anos te vendo abrir mão de coisas e momentos por mim. Eu lhe sou grata, creia.
Hoje, eu cresci, e como naturalmente acontece, a mãe virou o porto seguro, a conselheira e também a
ouvidoria. Eu sei, não digo o meu amor e afeto constantemente. Faz parte de mim, sou desse jeito. Mas isso não significa que eu não ame, que não sinta.
A gente tem nossas diferenças, sabemos disso. Mas ainda assim, nós nunca brigamos. Arrependo-me de coisas que disse em algumas das nossas conversas, na hora da raiva, a gente ofende e diz o que pensa
sem pensar. Adolescente, sempre xingo e faço horrores no pensamento, normal.
Pai, perdão. Perdoa por agir sem pensar, e pensar demais antes de agir. Perdoa por falar na hora errada, e calar diante do que merece minha voz. Perdoa por decepcionar, e não aceitar a decepção. Perdoa. Eu te amo, assim.
Você é meu herói, meu bandido. É muito mais que um amigo, é parte do caminho que eu sigo quase em paz.
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