sexta-feira, 29 de julho de 2011

(...) Como todas as pessoas que não estão enamoradas, imaginava ele que a gente escolhe a pessoa a quem ama depois de mil deliberações e segundo qualidades e conveniências diversas. (Proust)
A mulher, como tu vês, é um tema inesgotável: por mais que a gente a estude há sempre nela qualquer coisa de novo... (Tolstói)

Por fim, veio a reflexão.

Por fim, veio a reflexão de que, afinal de contas, não se tem o direito de desesperar por não ver confirmadas as próprias expectativas; deve-se fazer uma revisão dessas expectativas. (Freud)

sábado, 23 de julho de 2011

Eu tô com saudade da nossa amizade, do tempo em que a gente amava se ver.

Hoje, ouvi uma música que me fez lembrar você. Juro, de um jeito que fazia tempo que não pensava. É tanta coisa, tanto "terrorismo", que nem sobra tempo pra relembrar os bons tempos. Acho, que de certa forma, eu estou um pouco livre da sua tão presente ausência. Engraçado, tudo desde aquela vez que te xinguei pelo celular, eu precisava e admito, fiquei mais leve depois disso. E eu não disse metade do que eu deveria, do que você tem que ouvir. Desde então, nenhuma conversa, nenhum momento de tensão. A gente só se olhou, e disfarçou. Mas hoje, hoje me veio na cabeça os grandes e os pequenos grandes momentos. As brincadeiras, a época em que eu podia te abraçar sem medo, sem culpa e quase sem vergonha. É, agora não dá mais. Até posso abraçar, conversar, mas sempre vai existir aquele maldito fantasma do "eu gosto de você" que ronda cada toque, cada palavra, cada olhar. Sempre lembrando o quanto você foi, e é importante. O que me resta, é conformar que, por hora, é melhor que seja assim. Cada um na sua, porque não existe a nossa.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Querido. Diário.

Querido diário, eu acho fofo. Muito bonitinho e meigo: escrever no diário. Mas, tenho que admitir. Eu não sou fofa. Acho que sou mais a versão bem feminina do "cabra macho", sabe? (às vezes, parece). Eu nunca (olha que eu tentei), consegui escrever num diário, diariamente, por um período maior que um mês. Não gosto, sei não. Não é pra mim. Eu apenas não tenho essa carência de compartilhar as coisas, sabe? Faço, quando necessário para fins de esclarecimento de dúvidas, ou para o bem da minha já comprometida sanidade mental. Mas são momentos raros, até porque são quase nenhuma as coisas que me deixam à beira de um ataque básico dos nervos. E trato de acabar rápido com as que são perturbadoras em potencial. O máximo que consigo, caro amigo, é escrever assim numa folha limpa de caderno, algum texto que ponha em ordem meus pensamentos momentâneos. Mas só, sem nenhum compromisso ou ordem cronológica. Isso é o que mata, na minha opinião, essa obrigação de "contar" os dias tediosos, e assim reviver o tédio todo outra vez. Porque presumo que seja essa a intenção, relembrar e reviver os momentos. Mas não me vejo obrigada a escrever uma manhã chata, uma tarde desocupada pra chegar na noite inesquecível. Prefiro escrever de uma vez a parte legal, a que merece e deve ser lembrada, é o que faço. Faço, então, metade do trabalho. Isso não me faz metade fofa? Metade sentimental? Metade mocinha de filme americano? Bom, independe. Eu prefiro ser eu, inteira. Perdão, mas não rola o clima entre a gente, meu bom diário. Talvez se mudar seu nome para momentâneo, ou mensal, ou anual, ou ainda, "escreva aqui quando der vontade", esse é perfeito, apesar de grande. Talvez isso melhore essa minha dificuldade de te aceitar todos os dias. Acabo por aqui. Não tão querido diário.

Tell me the reality is better than the dream.

É que é preciso sonhar. Ninguém vive sem isso. Tudo que se faz, toda grande ou pequena concretização começa com um sonho. Eu sonho, sonho acordada, sonho dormindo, sonho, e tenho orgulho disso. A vida não é, e nem pode ser, um grande sistema programado.  É por isso que a gente falha. É por isso que os sonhos falham. O que é bom, é o que ensina, o que prepara. A gente sonha alto, mas li uma vez que só quem tem capacidade de realizar o impossível, é quem sonha com ele. E, cá entre nós, o impossível nem é tão impossível assim. Já virou até clichê, seja na religião, na música, nos livros. Tem sempre alguém te dizendo que isso é só questão de opinião. Concordo, em parte. Assim até parece que o impossível é algo logo ali, ao alcance das mãos. E não é, só porque é possível, bom, ninguém disse que era fácil. E é ai que tá a diferença, saber disso e ainda assim, não desistir. Quantos já ouviram coisas como:" - Esse menino, vive no mundo da lua! Sonhar não dá dinheiro! Viver sonhando é besteira!" E é, porque sonhar não basta, é preciso que se tente. E foi isso que grandes nomes fizeram, e serão pra sempre lembrados. Sonhar faz bem pra cabeça, creia. Mas praticar também (fica a dica). O negócio é sonhar, tentar, lutar e realizar. Porque sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade; já dizia o grande Raul. E ai então, quem sabe, eu mesma direi, que a realidade é quase tão boa quanto o sonho. Ou que é melhor, já que é mesmo tudo questão de opinião.

Elizabethtown.

Quer realmente ser vitorioso? Então tenha coragem de cair do alto e sobreviver.
Faça-os se perguntar porque você continua sorrindo.
(Tudo Acontece Em Elizabethtown)

crime, CULPA.

Às vezes acho que há uma relação inversa entre o crime e a culpa. Quanto mais culpado você se sente, menos grave é o teu crime, talvez ele nem exista.
(Carola Saavedra)

É de loucos.

O amor é a única possibilidade de transcendência que nos é dada. Não porque dure toda vida mas por ser infinito enquando dura, como escreveu Vinícios de Moraes. Cada vez a mais gente menos certa de alguam vez ter conhecido o amor. É de loucos. Somos loucos. Será o conhecimento assim tão incompatível com a eternidade? 
(Inês Pedrosa)

Nem tudo é fácil.

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste. É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada. É difícil ser fiel, assim como é fácil se aventurar.
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre. É difícil agradecer por hoje, assim como é fácil viver mais um dia. É difícil abrir os olhos e enxergar o que de bom a vida te deu, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo. É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar. É difícil se por no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
É difícil ver o trem partindo, assim como é fácil pedir pra ficar quem quer te levar. Se você errou, peça desculpas! É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o! É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender? Se você sente algo, diga! 
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar? Se alguém reclama de você, ouça!
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você? Se alguém te ama, ame-o! É difícil se entregar? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida, mas com certeza nada é impossível! Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, mas também tornemos sonhos em realidade!
(Autor Desconhecido)

O excesso da falta.

Foco no lugar vazio da mesa. A pessoa que não veio. Pior ainda: a que não existe. É ali que fico, sempre, apaixonada, doendo, esperando. O lugar vazio da mesa, da cama, do planeta. Minha sorte é um bilhete desses de raspar só que o segredo não sai com nada. (...) Eu funciono assim, não sei se você já percebeu. Consigo não te amar, e isso significa passar ótimos dias em paz, quando te trato bem, quando te amo. O que sobra em mim, o que eu guardo no peito, é sempre o negativo do que expeli para o mundo. Por isso o e-mail, carinhoso, um jeito de te expulsar mais uma vez, porque é só isso que sei fazer quando o assunto é sentir além de mim. E quando te trato mal, são dias te amando aqui, nos espaços vazios que você jamais preencheria e que são absolutamente você. O mundo todo que não tem você é ainda mais você. E assim me relaciono. (...) Sempre me apaixono quando acaba a paixão. Sempre namoro quando acaba o namoro. Só assim sei amar. E então te carrego no peito e em tudo, ao ir sozinha ou mal acompanhada ao cinema. E então janto com você e como bem e até bebo. E passamos sem perceber uma vida inteira. Só porque agora você se foi, é que sinto que você chegou de verdade. E assim namoramos tão bem e sou tão agradável. E é com você que vou até a esquina e o fim do mundo, porque posso tudo agora. Agora que não posso nada.
Daqui vejo milhares de pessoas e boas intenções e motivos pra ser feliz. Mas onde eu estou? Advinhe? Estou em casa, sozinha, como se não houvesse nada. Como se tudo isso fosse cruel justamente por ser bom. O bom acaba. Mas isso aqui, o refúgio da ansiedade e da alegria, essas duas coisas do demônio, isso aqui é verdadeiro e é daqui que estou, na verdade, no meio de todas essas pessoas boas e os motivos pra ser feliz. É só daqui. Então, quero ir embora. Ir embora pra chegar logo. Porque enquanto estou é insuportével, mas depois, quieta, deitada, o mundo inteiro se encaixa aos poucos até eu pegar no sono e sentir a matéria de estar viva. Não evaporo mais pois estou me apertanto até ficar quieta nessa caixinha minuscula que trago tão bem guardada apesar do desespero em ser aberta.
É sempre na falta que vivo. É sempre em cima da altura que não tenho que olho o mundo. E das coisas que não sei que falo melhor. E dos sentimentos que eu não poderia sentir que me abasteço pra ser alguma coisa além do que me faz mais uma. E da incapacidade de ser mais uma que me agarro, pra poder participar de algo e esquecer como é maluco tudo isso. É na alegria extremada que sinto o tamanho do sofrimento que posso aturar.
É a loucura que sai antes quando preciso rapidamente ser normal. (...) É de onde não se pode estar que tenho saudades. É para o lugar do qual fugi que vou quando corro. É no lugar insuportável que fico quando descanso de algo que não aguentei. É na falta que vivo. O tempo todo sendo a mulher pra você que nem você quer. O tempo todo sendo a mulher que você não vê mais e só por isso, agora, te vejo o tempo todo. É te amando tão infinitamente que me liberto de gostar pelo menos um pouco de você.
(...) Não lido bem com a fome, pois ela me sacia, me enche, de algo que me faz além do bicho. (...) No fundo do gostosinho da alma mora o que dispara o meu incomodo mais terrível. Quando tento ser homem, meu Deus, sou mais garota que aquelas colegiais cheirando a floral com bola de basquete. Você reclamava que eu não dizia seu nome e isso era só porque eu o estava dizendo o tempo todo. Meu cérebro martelava o som das suas referências e imprimia tanto você que eu precisava falar de mim daquele jeito pra tentar existir além do que eu me tornava. (...)
O tempo todo o abismo gigantesco quanto mais desço. O tempo todo a calma mais incrível nos momentos de real desespero. E o pânico do que é simples de resolver. E se não tem ninguém pra chegar é aí que verdadeiramente espero. (...) Você não está e me olha como nunca. Você merecia ser amado assim, do jeito que acaba para começar. Uma covardia só pra quem aguenta firme. Sempre no oco me preencho tanto que explodo. É no nada que está tudo aqui. E quando me perguntam de onde vem essa pressa, esse desespero, essa corrida, o sopro no coração, essa ânsia, a força, essa agressividade. De onde vem? Eu digo que vem de uma preguiça enorme. E tantas artimanhas e rezas bravas pra permanecer? É só o mais completo desejo em acabar logo com tudo isso. Que tanto eu quero que estou sempre pedindo socorro? Nada. E principalmente: nunca. E morrer de novo como faço todas as vezes que me sinto viva demais. E vai começar tudo de novo só porque acabou. Ponto final é tanta continuação que vira três pontos finais. Eu não aguento mais e nem toquei na vida ainda. Consigo ser vista de verdade só quando as pernas e todo o resto que me move imploram pra eu desaparecer.
(Tati Bernardi)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Mensage4you.

Oi tudo bom? Infelizmente, esta carta não é de quem você esperava. Mas, como eu sei direitinho como você se sente, talvez traga boas notícias.

Olha, desculpa minha sinceridade, mas a vida é muito curta pra ficar aguardando pelos outros. Se quem você aguarda realmente se importasse com você, já teria dado algum sinal de vida. Parta pra outra.

Já reparou numa certa pessoa que você conhece e tem uma quedinha por você? Não posso dizer quem é, mas pode ser alguém que trabalha do seu lado ou que mora perto da sua casa ou que frequenta um mesmo lugar. Sei que se trata de uma pessoa bem legal, vale a pena procurar saber quem é.

Fique de olho, tem um monte de gente reparando em suas qualidades. Aposto que, se você olhar em volta, nesse instante, tem alguém olhando disfarçadamente pra você. Pode não ser o seu tipo, mas já é uma dose de auto-estima, substancia da qual você carece.

A verdade é que, enquanto você estiver assim, nessa interminável agonia, esperando noticias que nunca chegam, vai deixar passar várias possibilidades interessantes ao seu redor. Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda, não está disponível no momento. Poderá, inclusive, nunca estar, apesar de tudo o que foi dito naquele dia. Pessoas que somem não são confiáveis.

E mesmo que você tenha certeza absoluta que não se trata de desprezo, que deve ter acontecido alguma coisa, que esse sumiço tem alguma explicação, não adianta nada você ficar aí esperando. Corroer-se de ansiedade não vai apressar a resolução do problema, seja ele qual for. Então, desencana.

Dá uma esquecida desse assunto, tenta focar as energias naquilo que depende da sua vontade. Caso seja necessário, para tirar de vez essa história da cabeça, mande você uma carta esculhambando e colocando um ponto final na questão.

O fato é que não dá pra você continuar assim, desse jeito. Está todo mundo comentando. Ninguém tem coragem de dizer isso pra você, mas todos concordam comigo. Já chega.

Além do mais, se for para ser, será. Um dia quando você menos espera, pinta um reencontro, sei lá. Mas até esse possível reencontro fica mais difícil se você não se abrir de novo para o lado inesperado da vida.

E, cá entre nós, se a pessoa que você aguarda é quem eu estou pensando, também não é nenhuma belezura assim. Você arruma coisa melhor.

Mande noticias, ficarei aguardando.
(Texto: Fernanda Yong)

Dia do Amigo

As pulseirinhas - SANA 2010
Amizade é a mais pura e cativante forma de amar, por assim dizer. Pois esta é maior, não é desejo, não é corpo. É experiência e é convivência. E dizem que mulher não tem amiga, tem concorrente. Mentira. Existem as duas, amizade e concorrência, independentemente. Pois se há concorrência não há amizade, e se há amizade não se disputa, se divide. Amizade é afeição. Afeição é o começo e deveria ser também o fim de todos os amores e paixões (os que findam prematuramente, ou não.) que temos ao longo de nossas vidas. Amizade é não precisar dizer à alguém o que você pensa, pois esse alguém te conhece quase como você. É não precisar pedir que te escutem, pois já te pedem que fale. É partilhar a felicidade e tentar, ainda que seja difícil, pegar um pouco da dor alheia pra você. E senti-la. Pra ser amigo, não precisa ser vizinho, ou compartilhar um ambiente. Só precisa ser, querer; pra isso não importa a distância, nem o tempo. O amor só se perde quando você deixa que ele se perca. É como dizem, um amigo agente não faz, reconhece. Feliz dia do Amigo para os meus amores. :)